quarta-feira, 25 de julho de 2012

8. O Casamento!



Os dias que se seguiram ao pedido de casamento decorreram com muita tranquilidade! Agora não tínhamos mais que temer e estávamos juntos e felizes. Aproveitávamos o tempo como casal e como família! 


Chegou o tão esperado dia! Era um dia muito feliz para todos nós: eu e Eduardo ficaríamos unidos para sempre e a nossa pequena filha iniciava uma nova etapa na sua vida, tornar-se criança! J
Eu e Eduarda saímos bem cedo pela manha! 


Fomos para casa de Victoria para nos prepararmos. 


Já Eduardo ficou em casa, muito nervoso. Mal saímos, ele vestiu o fato, arranjou o cabelo e foi tocar guitarra para acalmar, a música ajudava-o! 



Enquanto eu e a minha amiga fazíamos os últimos preparativos, as nossas filhas brincavam juntas. Compramos vestidinhos iguais para as duas, ficavam tão lindas! 



A hora aproximava-se, o local estava pronto e nós também. Restava ir para a praia e esperar que os convidados apareçam. 


Quando chegamos, alguns convidados já la estavam e, entre eles, estava Eduardo. 



Eu escondi-me! Não queria que ele me visse antes do casamento, dizem que dá azar! Nós já tivemos tanto, não me quero arriscar a mais.



Quando a marcha nupcial começou a tocar, eu saí da pequena sala da comida, onde eu estava escondida. Todos os convidados já estavam no seu lugar. Eu subi as escadas calmamente e, só no fim de saudar todos os convidados com um leve sorriso é que olhei para o meu noivo! 


Os olhos dele brilhavam enquanto me vi aproximar. Ele estava lindo! E pelo que parecia, ele pensava o mesmo de mim!



A distância entre nós era mínima, mas a mim pareceu que era infinita! Quando cheguei ao altar, olhamo-nos nos olhos e trocamos os nossos votos:


- Catarina Silva, aceito-te como minha esposa e prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a morte nos separe.
- Eduardo Vieira, aceito-te como meu esposo e prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a morte nos separe. 


No fim das alianças trocamos um beijo apaixonado sob os aplausos de todos os presentes!


Eduarda aplaudia-nos muito feliz! 



Passado pouco tempo presenteou-nos com o seu crescimento. Todos os presentes observaram como se tornou numa menina linda, saudável e feliz! 


Depois de toda a confusão do casamento e do crescimento de Eduarda, Alice, irmã de Eduardo, veio dar os parabéns ao irmão. Depois de conversar um bocado eles vieram ter comigo e com Eduarda.
- Alice, quero que conheças a minha esposa e a minha filha.
- Olá! – disse Alice timidamente – Finalmente conhecemo-nos! Estava ansiosa. Catarina, nem imagina o quanto lamento não vos ter apoiado contra o meu pai. Eu sempre tive pavor daquele homem, nunca passei por cima de nenhuma ordem dele. Agora que faleceu, já todos podemos ser livres! - olha para Eduarda – E tu deves ser a minha sobrinha! Bem, estava ansiosa por te conhecer! Meu Deus, tu és linda!
- Obrigada… tia! – disse Eduarda feliz.
- Minha querida, sei que não me conheces bem, mas a partir de hoje vou estar presente na tua vida, no teu crescimento!
- Prometes? – A minha menina era encantadora, ninguém lhe resistia.
- Prometo! Vou ser a melhor tia do mundo!
- Não duvido!
Eu e Eduardo observávamos encantados a proximidade entre as duas. 


No fim da noite, Alice tirou-nos a foto do casamento.
E assim terminou um dos dias mais felizes da minha vida.


No dia seguinte de madrugada, fizemos as malas, e deixamos Eduarda na casa de Victoria. Ela ia ficar em casa dela durante a nossa lua-de-mel. Agradeci á minha melhor amiga por ficar com a minha filha. Estaríamos de volta a tempo de levar Eduarda ao seu primeiro dia de aulas!



O Sol já estava bem alto no céu quando eu e Eduardo deixamos Sunset Valley. O dia estava lindo e esta lua-de-mel ia ser do melhor, tenho a certeza! 






Ps: Espero que gostem deste capitulo! 
Só volto a publicar depois do dia 10 de Agosto pois vou de férias! :D
Quando voltar, Catarina vai ter uma grande surpresa! 
Beijinhos

























sábado, 21 de julho de 2012

7. Em Desespero


É impressionante como a vida de uma pessoa pode mudar num simples “piscar de olhos”. Corro o risco de me estar a repetir, mas a verdade é que a minha vida tem sido sempre assim…

PISC


Vivo feliz com a minha família

PISC


Os meus pais morrem

PISC


Mudo de cidade á procura de um futuro melhor

PISC


Conheço aquele que podia ser o amor da minha vida

PISC


Apaixono-me por ele

PISC


Ele troca-me por uma mulher rica

PISC


Descubro que estou gravida e sozinha

PISC


Vejo o amor da minha vida a casar com outra mulher

PISC


O avô do meu bebé ameaça-nos

PISC


Passo a minha gravidez em casa com medo

PISC


Nasce a minha primeira filha

PISC


Conto a Eduardo a verdade

PISC


Vivemos como uma família feliz

PISC


Considero em perdoa-lo...



Naquela amanha, quando acordei, sentia-me feliz, completa! 


A casa estava em silêncio, eu fui a primeira a acordar. Tomei um duche e comi uma maçã. Quando voltei ao quarto, Eduardo já estava acordado. Juntos, dirigimo-nos ao quarto da nossa filha para lhe darmos os bons-dias.



O que se passou a seguir…não encontro palavras para descrever o que senti quando vi o berço da minha filha vazio…
Ligo para Victoria para saber se ela está com Eduarda. Ela não sabe de nada.
Eduardo liga de imediato para a policia para participar o desaparecimento da nossa filha. 




Mandam uma agente á nossa casa. Ela diz que vai fazer tudo para a encontrar. Eduardo conforta-me, promete-me que a vão trazer de volta para nós. Como é que ele pode fazer uma promessa que não vai conseguir cumprir. Não era preciso encontrar a Eduarda, eu sabia onde ela estava, sabia que era tarde…Foi ele, ele veio-a buscar. Ele não pode ver ninguém feliz, ele tirou-ma, tirou a minha razão de viver…Eu não devia ter contado a verdade a Eduardo, estraguei tudo ao tentar passar por cima das ameaças dele. Coloquei a vida da minha bebé em perigo. Da minha linda bebé…oh, como eu gostava de a ter nos meus braços outra vez. Só conseguia pensar que não a ia voltar a ver, que não a ia ver crescer…o desespero apoderava-se de mim em cada pensamento.
Os meus pensamentos foram interrompidos por Eduardo:
- Catarina, vamos dar uma volta pela cidade, vamos perguntar a pessoas se a viram, vamos tentar fazer alguma coisa…
- Eduardo, não vale a pena. A nossa menina não volta…ele levou-a.
- Meu amor, não o vamos deixar ganhar. O mal pode acontecer, mas o bem triunfa sempre! Não podemos desistir!
Depois destas palavras não consegui dizer que não. 



 Fomos para o centro e perguntamos a todos os que por la passavam se viram a nossa menina. 


Ninguém a viu…
Fazíamos o mesmo todos os dias e, todos os dias, chegávamos a casa com a mesma resposta, com o mesmo vazio no coração. 




 Eduardo teve que voltar ao trabalho e eu continuei a escrever o meu livro. A licença de maternidade é para a nova mãe passar tempo com o seu bebé. A minha licença estava a acabar e eu não tinha a minha bebé. Foi roubada da minha vida.
Depois de dois meses, todas as nossas esperanças estavam extintas. 


Desde o desaparecimento da nossa filha, eu e Eduardo aproximamo-nos bastante. Com a dor que ambos sofríamos, acabei por perdoa-lo. Procurava-mos conforto um com o outro.


Uma noite, quando Eduardo estava a sair do trabalho um polícia foi ao encontro dele.
- Sr. Eduardo?
- Sim, sou eu!
- Encontramos a sua filha!
A alegria cresceu no coração de Eduardo! Ligou-me imediatamente e eu corri ao encontro dele e do polícia.
- Senhor Guarda, Senhor Guarda! Como é que está a minha filha? Onde é que ela está?– não conseguia conter a felicidade. A esperança de voltar a ver a minha menina, voltou.
- Tenham calma, por favor. O senhor que está com a menina ameaça mata-la se nos aproxima-mos. Nós estamos a fazer todos os possíveis para entrar naquele casebre.
- Nós vamos com vocês! – Eduardo estava muito ansioso.
- Não, pode ser muito perigoso – disse o polícia.
- Não queremos saber! É a vida da nossa filha que está em jogo! Nós vamos! – afirmei decidida.


Esperamos a noite toda em frente àquela pequena casa. Nas primeiras horas da madrugada, Eduardo chegou-se á frente, e encostou-se á porta.
- Pai, sou eu, Eduardo. Eu sei que ficou magoado comigo por eu não querer seguir os seus passos. Afinal sempre foi o seu grande sonho: ter um filho e que ele fosse igual a ti, tal como você foi igual ao seu. Mas a verdade é que nós não podemos ser todos iguais. Se toda a gente do mundo fosse igual, que piada tinha? E o mais importante de tudo, não podemos escolher por quem nos apaixonamos. Eu sei que o seu casamento com a mãe foi arranjado, mas o senhor apaixonou-se por ela assim que a viu e viveram muito felizes, completavam-se! Eu nunca senti isso por a Holly. Eu não tinha lugar para ela no meu coração pois ele já estava preenchido. Mas mesmo assim aceitei casar com ela e magoar o amor da minha vida só porque queria fazer a vontade ao meu pai. Quando eu conheci a minha filha, quando olhei para os olhos dela, tudo isso deixou de ser importante. Foi por isso que eu deixei a Holly, foi por isso que eu passei por cima das suas ordens. E digo-lhe uma coisa: foi a melhor decisão da minha vida, nunca me senti tão feliz!
Pai, olhe para essa menina que está consigo, olhe bem! Olhe para olhos dela! São os olhos da minha mãe. Ela saiu á avó nisso, saiu a mim! É do meu sangue, do seu! É a sua netinha. Por favor, deixe-a voltar para nós. Não lhe faça mal, por favor!
Uns momentos depois a porta abre-se. Aconteceu tudo muito rápido!



A minha filha sai a gatinhar e a chorar. Estava toda suja e cheia de fome. Eu corri para a aconchegar nos meus braços.
Foi então que o homem que manteve a minha filha longe de casa durante dois meses saiu, olhou para nós, e caiu. Eduardo chamou a ambulância, mas já era tarde de mais. Disseram que foi ataque cardíaco.


Eu assisti a tudo com a minha filha no colo. 


O pesadelo tinha acabado, finalmente. 



Eduardo juntou-se a nós, pegou na nossa filha e apertou-a contra o peito, tal como fez quando a viu pela primeira vez.
- Pronto pequenina, está tudo bem. Vamos para casa.


Quando chegamos, Eduardo deu um banho á menina e eu preparei-lhe o biberão. No fim fui deitá-la no seu berço onde dormiu como um anjo.
- Bem-vinda de volta, meu amor! – a emoção daquele momento era impossível esconder. 



 A partir deste dia as nossas vidas decorriam com a maior das normalidades. Tirei uns dias de folga para ficar com a minha menina. Já Eduardo não podia fazer o mesmo porque o emprego ainda era recente e ele não queria perder a oportunidade de chegar ao topo. 


 Dediquei todo o meu tempo a ensinar as coisas básicas da vida a Eduarda: ensinei-a a usar o potinho, e a falar! Fiquei um bocadinho desiludida quando a minha filha disse a primeira palavra…não, não foi mamã ou papá. É verdade…a primeira palavra que a minha filha disse foi:
- Fufi, fufi fufi! – dizia ela alegremente.
Pois…fomos trocados pelo ursinho de peluche, a sua companhia desde que nasceu.
Eu e Eduardo ficamos a olhar para ela, boquiabertos. Mas ela, olhou para nós, sorriu e disse logo a seguir:
- Mamã, Papá, owa!!
Depois de aprender a falar, Eduarda não se calava. Pedia-me colinho e conversava comigo. Enquanto falava, explicava as coisas a sua pequena mãozinha. Aquilo só visto, é mesmo engraçado!


Eduardo aprendeu a andar com o papá! Ele passava todo o tempo que não estava a trabalhar com filha. Assim que ela deu os primeiros passinhos ele chamou-me para eu ver. Foi uma enorme alegria vê-la a andar!


A minha vida estava finalmente a voltar ao normal. Eduarda era uma menina calma, gostava muito de ficar no seu quarto a brincar. Nessas alturas eu aproveitava para trabalhar no meu livro e tratar das coisas em casa.



Numa manhã, eu e Eduardo tomávamos calmamente o pequeno-almoço. Eduarda ainda estava a dormir.
- Catarina, o que me dizes de hoje tirar a noite só para nós?
- Só para nós, como assim? Não vais trabalhar? – Eduardo trabalhava até muito tarde.
- Vou, mas posso sair mais cedo. Pedimos a alguém para ficar a tomar conta da Eduarda e vamos jantar ao restaurante. Á muito tempo que não fazemos isso….
- Por mim pode ser. Não é que ela dê muito trabalho, mas já merecemos um descanso!
- Então fica combinado! Encontramo-nos na Quinta onde foi o nosso ultimo jantar!
- Está bem! J


Eduardo saiu para trabalhar e eu passei o dia com Eduarda a trabalhar no meu livro.
Pedi a uma rapariga da minha rua, que tomava conta de crianças, para ficar com Eduarda naquela noite. Preparei-me para o grande jantar. Escolhi o vestido que só usei uma vez, quando fui jantar com Eduardo. 


Quando cheguei á Quinta, ele já estava á minha espera. Entramos e cada um fez o seu pedido. Foi mesmo engraçado, até ficamos na mesma mesa da última vez! No fim, fomos até á praia. 


- Está uma noite linda! Já não vinha á praia á muito tempo! – disse eu.
- Agora já não tens que ter medo de sair de casa. Somos livres!
- Finalmente!


Neste momento, Eduardo olhou para mim, ajoelhou-se e disse:
- Já passamos por muito Catarina, merecemos ser felizes juntos! Aceitas casar comigo?
Eu nem queria acreditar no que estava a acontecer! Ele pediu-me em casamento! 
PEDIU-ME EM CASAMENTO!


 Saltei para os braços dele e apertei-o com todas as minhas forças!
Já não foi preciso dizer mais nada, ele percebeu a minha resposta! J