15. O Primeiro Amor de Eduarda!

Nenhum de nós se conformou com a partida de Alice! Tentamos tudo para tê-la de volta, mas sem sucesso…Enfim, a vida tinha que continuar. A nossa menina um dia ia voltar para nós!

Afonso exigia cada vez mais atenção! Eduardo trabalhava durante a noite e eu durante o dia, por isso cada um tomava conta de Afonso e Kiara na sua vez.

 Kiara ainda era uma bebezinha, precisava de ajuda para tudo. Era tão querida! :’) Ela e Afonso tornaram-se os melhores amigos, eram inseparáveis.

Com tanto trabalho e preocupações não percebi um grande problema que esteve á minha frente este tempo todo...a minha filha mais velha, Eduarda.

Ela era uma excelente aluna, preocupava-se em melhorar as suas capacidades mas estava sempre em casa, nunca vai a nenhuma festa e a única amiga dela era a Carminda. A adolescência dela a passar e ela sem amigos e sem namorado. Não me acredito que isto me passou ao lado…não podia deixar continuar.

Chegou finalmente a sexta-feira! Estava feliz da vida, tinha acabado de ser promovida! Mais uma promoção e chegava ao topo da minha carreira. Como o tempo passa….ainda no outro dia entrei naquelas torres para o primeiro dia e agora já estou quase no topo!

Quando Eduarda entrou em casa fui logo falar com ela.

- Olá mamã! – disse ela com um sorrisinho triste no rosto.

- Olá minha querida! Então, como correu a escola?

- Normalmente...

- Eduarda….queria falar contigo…mas nem sei por onde começar…

- O que se passa? É alguma coisa grave? Aconteceu alguma coisa ao Afonso? Ao papá? Á ALICE?

- Calma Eduarda…calma. Está tudo bem! O que eu te queria dizer é que tu te preocupas de mais com os problemas da família e esqueces-te de viver e aproveitar a tua adolescência!

- Oh mamã, não digas isso! Eu amo-vos tanto! Não desperdiço a minha adolescência.

- Querida, aproveitar a adolescência é cometer loucuras, ir a festas, sair com os amigos, viver o primeiro amor, aquele que nunca se esquece!

- Preferias que eu tirasse más notas e andasse sempre em festas e bebedeiras?

- Claro que não Eduarda! Sabes que ninguém está mais orgulhoso de ti como eu estou. Tu és a filha que eu sempre sonhei ter, és fantástica! Mas eu quero que tu aproveites estes anos da tua vida. São os melhores!

- Oh mamã, eu sei que tu só queres o meu bem! Obrigada!

- De nada, meu amor! Olha, confessa lá uma coisa aqui á tua mãe querida: não há, na tua turma, um rapazinho bonito que tu gostes? – Eduarda corou.

- Ele nem sabe que eu existo…

- Então está na hora de saber! É sexta-feira á noite, são da mesma turma…tens a desculpa perfeita para o convidares para jantar contigo! Hum…estava a guardar isto só para o teu aniversário…mas acho que vale a pena!

No quarto dela, penteei os seus lindos cabelos e dei-lhe um lindo vestido azul que comprei para a sua festa de aniversário! Olhei para ela e até me veio as lágrimas aos olhos: ela estava tão linda, tão crescida!

Com as mãos a tremer, pegou no telemóvel e ligou para Beto Mílio.

- Olá Beto, é a Eduarda da tua turma – disse ela tímida.

- Oh, olá Eduarda! O que se passa? – disse uma voz surpresa do outro lado da linha.

- Eu…eu…eu…é sexta-feira e eu não tenho nada para fazer. Apetece-me ir jantar fora e queria saber se tu te querias juntar a mim.

- Acho uma ótima ideia! Encontramo-nos no Bistro?

- Sim… pode ser!

Eduarda tremeu o caminho todo. Achei tão engraçado ela a conduzir com aquele vestido! Era enorme.

Quando chegou , Beto já estava á espera dela!

- Bem Eduarda, tu estás linda! 5 estrelas! J

- Obrigada! – disse a minha menina com muita vergonha.

Pouco tempo depois de Eduarda sair, o meu telemóvel toca. Era Victória e não conseguia parar de chorar…Beau, o seu marido, tinha acabado de falecer.

Decidi não perturbar o jantar da minha filha nem o trabalho do meu marido, chamei uma baby-sitter para ficar com Afonso e fui dar apoio á minha melhor amiga e á Carminda.

Entretanto, Eduarda divertia-se imenso no jantar! Quando acabaram, vieram até nossa a casa pois sabiam que tinham que respeitar o recolher obrigatório de Sunset Valley (que responsáveis!). 

Quando chegaram, ficaram á porta a conversar! Eduarda descobriu que Beto e ela tinham muito em comum.

Ao chegar a casa, passei por eles, mas nem deram por mim de tão entretidos que estavam.

- Bem, está quase na hora de me ir embora. Diverti-me muito hoje Eduarda, obrigada – disse Beto.

- Espera…antes de ires, eu queria dizer-te uma coisa…

- Diz!

- Também gostei muito da noite de hoje…sabes, queria fazer isto desde o primeiro dia de aulas…

-  A sério? Porque é que não disseste nada antes? É mesmo engraçado, eu também queria mas tive demasiada vergonha e medo que não aceitasses…

Sabes Eduarda, és uma rapariga muito especial! Queres namorar comigo?

Eduarda não conseguia conter a felicidade. Olhou-o nos olhos com um olhar muito apaixonado, aproximou-se dele e beijou-o. Beijou-o com a mesma paisagem que um dia os seus pais deram o seu primeiro beijo.

Quem não estava a achar muita piada á situação era Eduardo. A sua menininha era dele e de mais ninguém, ela ainda era o bebezinho dele! Foi á porta e disse a Eduarda que á estava na hora de ir dormir.

Eduarda e Beto despediram-se com um olhar apaixonado. Ambos estavam mais felizes do que nunca!



Ps: Hoje não consegui resistir! Apresento-vos a verdadeira Kiara! É a minha bebézinha! Claro que no Sims também ia ter que ter uma cadelinha chamada Kiara! É linda a minha menina, não é? :D 

14. O Regresso!

A pequena Kiara trouxe muita alegria á nossa família! Passávamos todo o tempo possível juntos!

A minha licença de parto chegou ao fim, por isso tive que deixar os meus bebés para regressar ao trabalho! Já me tinha esquecido como amava fazer aquilo.

Felizmente nunca tivemos que contratar nenhuma baby-sitter para ficar com Afonso e Alice durante o dia. Eu, Eduardo e Eduarda conseguíamos dividir bem os nossos horários de modo a um de nós ficar com eles.

  

A minha altura favorita de um dia era, curiosamente, a noite. Eu cozinhava, Alice e Afonso comiam na sua cadeirinha, Kiara na sua taça e nós na mesa! Era um momento de descontração e diversão em família!

No fim de jantar, Eduarda arrumava os pratos e eu e Eduardo íamos deitar os bebés. 

Quando todos estavam a dormir, eu e o meu marido rendíamos-nos ao amor que nos unia!

O dia de aniversário de Alice estava a chegar! O tempo estava a passar tão depressa…as crianças a crescer e nós, cada vez mais velhos...

Para a festa, fiz as preparações do costume no nosso jardim e comprei um lindo vestido para Alice! Ela estava maravilhosa!

 Enquanto esperávamos pelos convidados, a figura misteriosa que nos observava á dias apareceu no nosso jardim. Não foi preciso ele falar para o reconhecer. 

Christopher!

 Corri para pegar em Alice e Eduarda apertou Afonso nos seus braços. 

- O que pensas que estás aqui a fazer? – Eduardo confrontou-o.

- Estou aqui para vir buscar a minha filha! – Disse Christopher com a maior das importâncias.

- Mas é que nem sonhes com isso! Perdeste todas as razões do mundo quando a abandonaste.

- Aí é que tu te enganas! Alguma vez te lembras-te de registar a Alice como se estivesse sobe a tua guarda? Pois é! E eu não abandonei a minha filha, apenas precisei de me afastar durante uns tempos para me recompor da morte da minha esposa. Agora reúno todas as condições necessárias para receber Alice em minha casa.

- Se tu pensas que eu vou deixar um homem como tu levar a minha sobrinha que eu criei como uma filha estás muito enganado! Eu tenho os serviços socias do meu lado! É impossível alguém te dar a guarda da filha que abandonaste no dia em que nasceu.

- Acontece que os serviços socias não sabem isso. É a tua palavra contra a minha! E quem é que achas que ganha?

Ahhh, por falar nisso: aqui está a doutora Maria Smith, assistente social da proteção de menores.

- Muito boa tarde senhor Eduardo Vieira. Eu estou aqui para permitir que a menina Alice Steel volte para sua casa segura.

- A casa da Alice é aqui com as pessoas que a amam!

- Peço desculpa mas não posso permitir isso! Por favor, diga á sua esposa para largar a menina.

-Eu não a largo! – Comecei a desesperar perante a ideia de me tirarem a minha menina.

- Dona Catarina Vieira, exijo que largue Alice Steel. Se não a largar vejo-me obrigada a retirar-vos a guarda dos vossos filhos.

Quando a ouvi a dizer isso, perdi toda a força que me fazia prender Alice. Foi arrancada dos meus braços sem qualquer hesitação.

  

Ficamos a ver aquele homem a levar a nossa menina para longe de nós. O pior é que não podíamos fazer nada para impedir! Será que alguma vez a íamos voltar a ver? Era a pergunta que todos fazíamos…

Enquanto eu chorava nos braços do meu marido, Eduarda foi chorar para o seu quarto onde acabou por adormecer. 

A meio da noite ouvi um barulho, fui á janela e vi Eduardo no jardim…com o fantasma de Alice.

- Desculpa Alice, desculpa por não ter conseguido impedir que aquele monstro levasse a menina.

- Oh meu querido irmão, não digas isso! Vocês fizeram tudo o que puderam! Foram fantásticos com ela. Nem imaginas como vos estou grata. Agora chegou a altura de ela conhecer o pai, de passar algum tempo com ele. Não lhe resta muito tempo de vida, sabes? Prometo que um dia ela vai voltar! Confia em mim!

Depois destas palavras, Alice desapareceu numa nuvem brilhante!

Espero que ela tenha razão….

13. Novas Etapas

Com o nascimento de Afonso deixei de ter tempo para mim. Eduardo trabalhava até muito tarde, quando chegava a casa já estávamos todos a dormir. E eu, com dois bebés para cuidar, todo o meu tempo era para eles. Pensei seriamente em contratar uma ama para estar com Alice e Afonso durante o dia mas eu não queria, por nada deste mundo, que os meus filhos fossem criados por uma pessoa desconhecida! Preferia por a minha carreira em risco. Para já podia estar descansada, estava em licença de parto. Mas e quando ela acabar?

 Eduardo andava muito triste por não poder estar mais tempo com os filhos. Com o avançar da sua carreira a carga horária aumentou drasticamente e para manter a casa que tinha construído ele precisava de trabalhar cada vez mais. 

Todo o tempo livre que tinha era dedicado aos filhos. Era muito carinhoso com Afonso e Alice e até arranjou tempo para ensinar Eduarda a conduzir! Adorou ensina-la, divertiram-se muito juntos! Eduardo disse que aquelas aulas de condução davam um filme de comédia!

Quanto mais Eduarda crescia, mais orgulhosa eu ficava da minha filha! A sua primeira viagem de carro, depois do pai a ensinar a conduzir, foi ao SPA da vila. Arranjou um part-time como especialista em SPA para ajudar nas despesas da casa. Mas nem por isso ela descuidou os estudos, os amigos e a família.

Conseguia arranjar tempo para tudo: passeava connosco, ajudava na educação de Alice e estudava com a sua melhor amiga Carminda. Só espero que Alice e Afonso sigam o exemplo da irmã mais velha!

Um dia, Eduarda disponibilizou-se a ficar com os irmãos para eu me divertir um bocadinho. Pensei em ficar em casa a descansar mas depois lembrei-me que já não estava com Victoria desde o dia do aniversário das nossas filhas. Que saudades eu  tinha da minha melhor amiga!

Telefonei-lhe e marcamos encontro no restaurante Bistro. Depois de jantar fomos ao cinema. Diverti-me tanto nesta noite!

Estava mesmo a precisar de uma noite longe do meu ambiente familiar. Isto não quer dizer que eu não ame incondicionalmente a minha família, mas ás vezes é preciso descontrair um bocadinho.

Chegou o dia de aniversário de Eduardo e Afonso. O meu marido e o meu filhinho mais novo iam iniciar uma nova fase nas suas vidas: Afonso ia aprender as coisas básicas da vida e Eduardo, bem, ele ia passar para a fase de aproveitar ao máximo as coisas boas da vida pois tava na reta final. A ideia de viver sem o amor da minha vida era insuportável!

Um dia, tanto eu como Eduardo, vamos partir e deixar os nossos filhos seguir com as suas vidas em conjunto com as famílias que construírem….

Na preparação desta festa tive uma ajuda muito preciosa: a minha pequena Alice!

Compramos 2 bolos de aniversário na mercearia e decoramos o jardim!

Á hora marcada, todos os convidados se juntaram a nós! Peguei no meu pequenino e quando ia acender as velas, o fósforo caiu e a mesa pegou fogo!

Eu nem queria acreditar. Nesta família, tudo acontece! De repente, todo o ambiente festivo foi transformado em puro pânico! Fugi com Afonso e Alice para longe do fogo e Eduarda e Eduardo, junto com outros convidados tentaram apagar o fogo. Quando os bombeiros vieram o fogo estava muito difícil de controlar.

Graças ao esforço de toda aquela gente, o incêndio foi finalmente vencido! Substituímos tudo o que estava estragado e, por incrível que pareça, o ambiente festivo voltou!

 Afonso e Eduardo entraram na nova etapa da vida deles felizes e com toda a gente que amam a aplaudir!

Alice crescia linda e independente, era muito fácil cuidar dela! Passavas horas entretida com os seus brinquedos.

Já Afonso não era nada assim! Não gostava de estar sozinho por nada deste mundo. Exigia total atenção! Mas digo-vos uma coisa: era a coisa mais engraçada do mundo! Era o bebé mais alegre do mundo, adorava brincar! Ninguém conseguia resistir àqueles olhinhos verdes!

 Eduardo chegou á idade da reforma. O patrão perguntou-lhe se ele queria reformar-se, mas Eduardo disse que gostava de continuar até chegar ao topo da sua carreira, assim a reforma seria maior! Custou-lhe tomar essa decisão, mas foi a melhor! Nas folgas continuava a aproveitar o tempo com os filhos…

…e comigo! Apesar da confusão que era a nossa vida, o amor que sentíamos um pelo outro continuava grande tal como no primeiro dia! Ele era mesmo o amor da minha vida! :’)

 Depois de Eduardo ser promovido a Escritor de letras de músicas ele achou que nos devia compensar por o tempo que ele estava ausente. Tirou um dia de férias e fomos todos passear ao parque. 

Depois de um dia bem passado, todos mudamos de visual e compramos roupas novas!

Bem, mas a maior surpresa foi o novo membro da nossa família!

Quando Eduardo voltou a casa com um pequeno embrulhinho branco, ninguém conseguiu conter o entusiasmo! A pequena Kiara era uma cadelinha linda! Agora é que a festa ia começar em casa!

 Compramos umas coisinhas para ela fazer da nossa casa a sua!

Enquanto brincávamos com a nossa nova cadelinha, uma pessoa noas observava á distância…